Oficina para professores

Mais uma noite especial

Professores da rede pública e artistas, mantem por mais de duas horas, um diálogo aberto sobre Arte Contemporânea e o processo criativo dos artistas selecionado no Prêmio Braguay de Arte Contemporânea, na noite do 10 de maio de 2023 na Unipampa – Livramento.

A oficina foi ministrada pelos arteducadores Marcos Sari – o curador da mostra, e Bárbara Larruscahim arte educadora, artista realizadora do material pedagógico, a disposição para download no site do Braguay. De caracter formativo, a oficina buscou abrir o diálogo dentro daquilo que a arte pode provocar, trabalhando conceitos e suas diferentes linguagens.

Nesta primeira edição, o Prêmio BRAGUAY de Arte Contemporânea  buscou valorizar e  intensificar as práticas das artes visuais na Região Funcional 6 do Rio Grande do Sul, onde se encontram os municípios de Aceguá, Bagé, Caçapava do Sul, Candiota, Dom Pedrito, Hulha Negra, Lavras do Sul, Alegrete, Barra do Quaraí, Itacurubi, Itaqui, Maçambará, Manoel Viana, Quaraí, Rosário do Sul, Santa Margarida do Sul, Santana do Livramento, São Borja, São Gabriel, e Uruguaiana.

O Prêmio BRAGUAY de Arte Contemporânea realizado através do Fundo de Apoio da Cultura , da Secretaria do Estado da Cultura do Rio Grande Do Sul, financiamento Pro Cultura RS – FAC Visual. @sedac_rs

Fotografia de Juliana Freitas @jucarfreitas

Prêmio Braguay

Prêmio Braguay de Arte Contemporânea – Linhas abertas, muitos caminhos

Marcos Sari – Curador

Porque ainda promover salões de arte? Essa tradição que nos leva a tempos passados ainda faz sentido na atualidade? Os salões e suas premiações, desde seu surgimento, possibilitam a interação entre artistas e comunidades fazendo com que a circulação de produções culturais, e suas ideias materializadas em arte, encontrem seu público.  

    Uma exposição coletiva sempre vai trazer proposições poéticas que falarão de singularidades, a partir do trabalho de cada artista participante. Em Linhas abertas, muitos caminhos, seis artistas, escolhidos cuidadosamente por júri especializado, apresentam produções consistentes e diversas criando um universo particular e coletivo ao mesmo tempo. É neste ambiente expositivo que podemos transitar e produzir nossas próprias experiências estéticas na interação com as obras.

           Enzo Melo nos leva a “viajar” por suas pinturas que ora comentam a sua maneira obras clássicas da história da arte, ora tratam de cenas da natureza ou do cotidiano. Sua produção, de apurado domínio técnico da pintura, carrega ainda doses de ironia e humor, misturando o clássico com o atual em interessante medida. Gianna Delabary nos traz em sua obra um olhar atento aos fenômenos poéticos que estão ao seu redor. Com aguçada delicadeza apreende estes momentos que, depois de processados por sua ação poética, compartilha nas imagens que apresenta. A artista nos faz cúmplices desses encontros da vida com a arte. Juan Puerto nos coloca em  uma condição inusitada uma vez que em suas pinturas aparecem cenas fantásticas construídas com pinceladas expressionistas. Essa característica de seu trabalho nos traz perplexidade e nos captura através de uma poética meio misteriosa, com boas doses de uma espécie de componentes mágicos. Kike da Rosa, por sua vez, faz desenhos de luz revelando ao espectador esse gesto do movimento captado pela câmera que resulta em grafismos luminosos. Uma das perguntas que o próprio artista faz é : “quando você deixa de ser matéria para ser luz?”. Este questionamento é uma das inúmeras portas de entrada para interagirmos com suas fotografias. Indo adiante neste percurso, é impossível acessar a obra de Nanda Monteiro sem sermos desafiados por seu grito de luta. Neste caso, corpo, voz e alma da artista atuam em conjunto chegando ao resultado-performance apresentado. Com uma força proporcional e adequada ao tamanho e peso de sua causa, nos convida a embarcar em seu manifesto ! Vam_s Junt_s? Por fim, Wagner Previtali, dialoga com sua terra natal, Bagé, de maneira franca e subjetiva. Está a nos dizer que a tradição e a memória podem ser revisitadas pela via da contemporaneidade de forma autoral a nos traz interessantes surpresas. Quem sabe podemos re-olhar nosso lugar de origem com um deslocamento intencional através da arte ?

        Este Prêmio nos revela e apresenta estas obras atuais desta região de fronteira: ao sul do Brasil com o norte do Uruguai com a certeza de estar colaborando para uma ideia de cultura que “dá passo” as novas produções de artistas locais. Somam-se aqui a qualidade estética com a coragem na aposta em proposições contemporâneas. O Prêmio Braguay de Arte Contemporânea possibilita o contato com essas produções exigindo do público sua atenção sensível e uma disponibilidade ampliada para uma aproximação produtiva com a arte.

Marcos Sari

Curador

O Prêmio BRAGUAY de Arte Contemporânea  realizado através do Fundo de Apoio da Cultura , da Secretaria do Estado da Cultura do Rio Grande Do Sul, financiamento Pro Cultura RS – FAC Visual.

Resultado Prêmio BRAGUAY de Arte Contemporânea

Em sua primeira edição, o Prêmio BRAGUAY de Arte Contemporânea ,que busca estimular a produção das artes visuais contemporâneas na Fronteira Oeste do Rio Grande do Sul, divulga a lista de selecionados.

O júri brasileiro, composto pelos santantens espalhados pelo mundo Camica dos Santos (Porto Alegre), Helio Fervenza (Porto Alegre), Eduardo Padilha (Londres, UK), Gustavo da Linha (Buenos Aires/Berlin) e pela francesa Lea Ciquier (Londres,UK), selecionaram os seguintes concorrentes:

Giana Dalabary
Wagner Ferreira Previtali
Nanda Juanna Monteiro
Enqrique da Rosa
Ezzo Melo
Juan Puerto

A lista integra a Mostra Coletiva do 1º Prêmio BRAGUAY de Arte Contemporânea, que será realizada no mes de abril, em Santana do Livramento, com curadoria de Marcos Sari.

Os seis finalistas recebem uma premiação no valor de R$ 1.000,00 como incentivo à produção de artista e ajuda de custo para o período da mostra.

Em breve a equipe entrará em contato para agendar a primeira reuniao com o curador e produtora pedagogica.